Sou obsessiva.
Completamente ciumenta, tenho um quê de esquisitice, reservo sorrisos discretos
e um olhar misterioso. Mas e daí. Talvez
eu mude... e porque não? Fica a pergunta. Sem resposta. Pois é, a vida é assim. Você suspira ao chegar a essa conclusão. Não
faz nada pra mudar, simplesmente se acomoda. E a resposta permanece imutável.
Sei que não vai dar em
nada, que não chegarei a lugar algum. No começo é tudo sincero e verdadeiro,
faz bem. Até quando? Eis que surge mais uma pergunta. E a resposta? Melhor
fugir.
E na solidão do quarto choro escondida na fronha do travesseiro. Não
quero que saibam que estou sofrendo de amor e a cada novo dia logo pela manhã tento
me refazer.
Recompor-me, unir as peças
do quebra-cabeça que parece não se formar.
E de repente sinto falta
de alguma coisa. Falta do que quase chegou a ser e não foi. Falta de...
Isso tem um nome.
Tem o seu nome.
Às vezes sinto você vindo
sorrateiro em minha mente. Fecho os olhos e em um momento falho de distração me
pego pensando. Pensamentos ao além me levam ao seu encontro.
Agora me encontro só.
Só o pó.
Só o nó.
Mas aí, daqui uns dias isso
tudo vai passar despercebido. Ou não. Ficaram apenas as marcas. Cicatrizes.
O nó desfeito, feito pó.
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