segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Boa noite, até a próxima

Sinto muito meu camarada, mas infelizmente, sou apenas, e tão somente uma garota incrédula, com um sorriso amarelo enorme e um coração inquieto, por hora diferente da maioria, eu bem sei,  diferente do que é considerado apenas trivial, trivial, me entende? Presa em um lugar supostamente imaginário, onde nem todos são capazes de chegar, ou “arcar” com os ônus, enfim, não vem ao caso.  
E o nosso caso? 
Suspiros. Pausa longa. Olhar distante (...)
Bom, virou conto de fadas pra não virar piada, virou mentira pra não virar dor, e de tanto virar, adivinha? Se fez um ciclo, e vicioso pra não dizer viciante. Mas também pouco importa, sou viciada em tantas outras drogas. E que droga não! Você detesta vícios, eu detesto limitações.  Não quero que você seja politicamente, nem ecologicamente, muito menos absolutamente correto em tudo, errar as vezes é aceitável. Às vezes, porque errar sempre é cair na rotina, e eu detesto rotinas, assim como detesto baratas e tenho aversão a cebola (...) Sou da seguinte e incontestável opinião, se não tem nada a dizer, fique quieto. Fique quieto e nos poupe do falatório, se tem uma coisa que eu admiro e é pouco respeitada, é o silêncio. Você não falar lituano é só mais um mero e pequeno detalhe, nada que uma conversa madura, regada a um bom vinho da safra de 68, encorpado e miraculosamente seco e delicado, não resolva, o resto é por sua conta, e aproveite que temos o crédito. Ah, por último e não menos importante, lembre-se, comigo não funciona a “ditadura do orgasmo”, já vou logo esclarecendo, não tô afim, não vou fingir, tão pouco enganar alguém, de enganação já basta os sacos relativamente vazios de ruffles, sem o tal do tesão, não rola, portanto meu querido, faça a safra de 68 do seu avô valer a pena, caso contrário só lhe restará um “boa noite, até a próxima” – isso se houver.


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